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Mostrando postagens de outubro, 2018

A INTENSIFICAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE: ESCOLA NÃO É UMA EMPRESA

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Cartaz do Evento que aconteceu em 23 de maio de 2016 no Auditório do Colégio Politécnico da UFSM promovido pelo Sindicado Nacional dos Docentes que tratava do estresse da obrigação produtiva. Disponível em: http://sedufsm.org.br/inc/fotoresize.php?imagem=http://sedufsm.org.br/midia/2016/05/F11-6153.jpg&tmh=600  Infelizmente a sociedade capitalista massificou a escoa de tal forma que configurou o ensino como um processo taylorista-fordista em que o professor fornece a mão de obra necessária para ofertar um tipo de “serviço”. Marx, 1978; já afirmava que o professor oferece um tipo de “serviço” não material que pelo simples fato de ser remunerado, a relação “serviço”, é muitas vezes entendida como expressão de compra e venda de uma força de trabalho na produção de mercadorias. Uma vez que o trabalho docente não produz um produto fruto de um objeto material, mas ele cede seu tempo a instituições que determinam as condições do trabalho, controlando, precarizando e intensific

FUROR PEDAGÓGICO... SERÁ QUE É MESMO?

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É muito comum no meio da graduação  ‒  ou no final dela  ‒  experimentarmos a regência de uma sala de aula e o graduando sentir um enorme desejo de socializar todo aquele conhecimento acumulado durante anos de estudo para aquelas pequenas mentes sedentas, ou não, de conhecimento. Em outras palavras sempre queremos abraçar o mundo e introduzir  ‒  como se fosse num plug in de USB  ‒  o pendrive de conhecimento na mente dos alunos. Isso é mais que normal, saudável inclusive, porém frustrante expectativa que ao longo do tempo; quando entendemos a escola, precisaremos organizar as caixinhas e separar o joio do trigo. Mas se você sente lá no fundo que precisa desmistificar algum mito e sente algo impulsionando o plus+ na sua aula, você carrega consigo a veia pedagógica da partilha. Não por obrigação! Mas por prazer. Os céticos de plantão ou aqueles mais velhos de casa (os dinossauros) que já não dão conta mais de adentrar uma sala por 'N' motivos, vão te depreciar  e dizer q

DESPRESTÍGIO DA PROFISSÃO DOCENTE

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Em um post anterior havia mencionado sobre o que motiva alguém a seguir uma carreira, seja médico, bombeiro ou dentista, todos partem de um referencial. No caso da profissão de professor, sabemos hoje que referencial nenhum a nossa sociedade brasileira sustenta quando falamos na carreira do magistério. Dados de um estudo sobre a preferência na carreira docente aponta que 1 em cada 4 dos melhores alunos do ensino médio preferem a licenciatura no Brasil. O que acontece diferente na Coréia do Sul, onde as escolas estão entre as mais conceituadas do mundo. Lá, só os 5% mais bem avaliados num exame nacional podem ser professores. Já na Finlândia, outro exemplo de sistema educacional bem sucedido, o candidato a professor deve estar entre os 10% com as notas mais altas. Poderia citar que o desprestígio da carreira docente no Brasil começa mesmo lá na década de 70 com a massificação do ensino tecnicista que alimentava a demanda de mão de obra operária. Conforme o professor Derm

Escola PLURIDISCIPLINAR ou uma escola INTERDISCIPLINAR?

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Em algum momento da nossa carreira docente a gente vai em busca de uma instituição que defenda os mesmos valores de ensino e aprendizagem que a gente tanto almeja. Uma instituição que forneça condições, infraestrutura mínima, material satisfatório e todo aquele enredo que gostaríamos que fosse surreal ou que alimentasse o nosso ego pedagógico. Essas escolas existem sim, mas com certeza não estão ao nosso alcance ou pelo menos acho que não. Inicio este post de hoje pra falar sobre qual modelo educacional melhor funciona quando a práxis é menos capitalista. Certa vez em uma das escolas que trabalhei, e não faz muito tempo assim, muitos colegas de trabalho andavam insatisfeitos, mas a maioria não conseguia expressar essa ‘zica’ que pairava sobre o grupo. De certa forma todo mundo tinha começado o ano no full gás e já na metade do ano letivo quase mortos e enlouquecidos por ‘N’ razões e a principal é que a escola exigia 100% de nós, mas ela mesmo, não dava conta do seu interno.

QUANDO NASCEU A VONTADE?

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Aí que eu te pergunto, mas quando o médico teve vontade de ser médico? E o advogado, o bombeiro... Alguns dirão que por exemplos na família, status, desejo... Mas quando falamos na profissão professor, acredite é uma profissão, e não comum muitos dizerem “aah tá... você   é professor e faz mais o quê?!  Fato é que mesmo o médico, bombeiro, dentista, publicitário apresentaram afinidades com a profissão em algum momento da vida assim como aconteceu(ce) com o professor. Precisamos incinerar esse viés retardado de acreditar que professor é dom divino, vocação religiosa para ensinar, amor por educar ou o mais absurdo de todos “quem ama educa”...  Professor precisa de estudo, pesquisa, aperfeiçoamento, pós-graduação e investimento se queremos ser um profissional de excelência. Às vezes ter mestrado ou Doutorado não significa muita coisa, às vezes umas cifras a mais na conta, mas nada que não retire nossa saúde mental dos eixos, portanto achar que alguém estará dentro de

COMEÇOU QUANDO?

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Caro leitor que caiu aqui de para quedas na emoção de achar que vou lhe fornecer a fórmula mágica dessa profissão de sofressor professor, não vou. Se você descobriu; patentie e monte sua empresa. Esta é uma profissão em que além da árdua prática a formação continuada e plena é essencial para a construção do profissional que você será ao longo da sua carreira. Tudo na nossa vida começa com escolhas, e como dizia minha professora de pós- graduação Carminha Xavier, escolhas são sempre temerosas e acredito que nos dias atuais ser professor não é uma dessas deliciantes escolhas da vida. Mas todo mundo precisa de uma profissão, certo? Pois é, descrever a narrativa do sucesso da carreira de professor é excluir aqueles que padecem no paraíso da realidade longe do sucesso almejado por várias razões da vida ou mesmo por não saberem ao certo qual caminho chegar lá ou por ser isso mesmo e ‘vamo’ lá que o trem precisa andar, porque muitos outros que conseguiram seu “sucesso” com muita